Bradley Will, conhecido repórter/correspondente do CMI fora assassinado no México, mais precisamente na cidade Oaxaca, onde nesse exato momento está sob um levante popular contra o Governo de Ulisses Ruiz, governante corrupto e assassino, partidário do Presidente Fox, aquele mesmo, o amiguinho de George Bush.
Sexta, dia 27 de outubro, Brad foi baleado no peito por uma milícia pró governo quando registrava imagens do levante popular e do conflito dos “populares” contra a milícia em questão. Ulisses Ruiz, governante acusado pelo povo e professores de corrupção e assassinatos, teve de lidar com um forte levante popular apoiado pelos professores da universidade de direito e ciências sociais de Oaxaca, que nas ruas, ainda tentam tomar o poder e instaurar um regime fundado em assembléias populares. Brad não resisitiu e morreu no local.
Breve Histórico de Bradley Will retirado de reportagem do CMI Brasil: Brad era um jornalista americano, importante colaborador da imprensa independente no Brasil e na América Latina e aliado dos movimentos populares. No Brasil, por exemplo, sua colaboração foi decisiva para a denúncia do massacre contra os sem-teto da ocupação Sonho Real em Goiânia. As imagens que registrou da ocupação e do ataque sofrido pelas forças policiais do estado de Goiás chamaram a atenção do mundo para a situação dos sem-teto. Brad também cobriu os mais importantes processos sociais do continente nos últimos anos, com vídeos e matérias sobre a rebelião dos Aymara na Bolívia, as assembléias e piquetes na Argentina e a "Outra Campanha" no México. Mas foi seu último trabalho que o levou à morte.
No Vídeo acima ou no link logo abaixo, poderemos ver o último vídeo desse que merece o nosso maior respeito, assim como os seus desesperados últimos segundos, baleado e logo em seguida...
http://video.google.com/videoplay?docid=-3664350201077731285
Deixo esse final para uma reflexão: Por que, aqueles que justo se importam, que choram, que sentem, e lutam contra a opressão de outros, venham a ter um fim assim, trágico? O que leva uma alma, um ser, alguém, a sair de sua casa, segura, em uma América etnocentrista, para através de suas reportagens, imagens, documentários, e sentimentos, lutar por aqueles que nem mesmo conhecia? Bradley´s, Guevaras, Gandhis e tantos outros... Será que há algo errado nesses? Ou somos nós mesmos que preferimos ficar em casa, envolto numa sensação quase materna de segurança, a espera do Messias?
Ah se houvessem mais Bradley´s, Guevaras, Gandhis, Durrutis e etc...
E por que não nós?
Deixemos então que nós mesmos possamos guiar nossas vidas e quem sabe ajudar a vida dos outros.
Já dizia uma música: "Os bons morrem cedo".
OBS: Só Pra que fique claro uma coisa, Bradley não recebia um Tostão para fazer o belo trabalho que fazia. Brad fazia isso em prol dos oprimidos.
http://www.midiaindependente.org/pt/blue/2006/10/363227.shtml