sexta-feira, novembro 16, 2007

Há tempos


Há algo que já não posso fingir não acontecer. Um sentimento de revolta me toma há tempos e agora transborda uma insatisfação social tremenda. Não há quem me faça crer numa sociedade organizada de forma vertical. A verticalização da sociedade legitima a exploração dos que estão na base dessa pirâmide desigual e opressora. A partir do momento em que passo a acreditar no poder do Estado, deixo de acreditar na minha autonomia, na minha liberdade. Os governos roubaram todos os recursos naturais que podiam desse planeta. Estamos começando a colher os frutos de séculos de descaso e assalto ao que deveria ser de todos. As mega-corporações capitalistas cerceiam sua liberdade com seus tentáculos “divinos” e onipresentes.

O mundo está definhando e é só o começo. Nada mudou da época das trevas até aqui. O que mudou foi o detentor mor de todo o poder. Antes a Igreja mandava através do Estado. Agora são as grandes corporações, que privatizam a sua vida, e o ar que você respira. As reuniões do G8 não passam de um espetáculo circense, em que os líderes mundiais são ventríloquos de empresas como a Coca-Cola, a Nike e a Shell. Nós somos mais do que simples consumidores. A partir do momento em que você se reconhece apenas como consumidor você se torna produto do Estado, que por sua vez, “terceiriza” a opressão para as grandes corporações. O grande dragão do mar existe sim, e ele quer devorar a sua alma e a sua liberdade.

Já não posso negar que a bandeira negra tremula no meu coração, pois ele tem fome de liberdade e de igualdade. E não há nada mais perto disso do que a abolição estatal, ou se preferir, a ascensão da idéia do anarquismo. Chegou a hora de tomarmos nossa liberdade de volta. Então, comece a se revolucionar – dispa-se de preconceitos, respeite a individualidade de todos e antes de tudo ame mais.
Até lá então.