quarta-feira, agosto 15, 2007

O ônibus.

O ônibus novo ou velho, traz no ventre tudo de todo tipo
Alucinados, comandados, desajeitados, manipulados e opressores
Burgueses, favelados, protestantes e estupradores
Professores, professados, cientistas, macumbeiros e mal comidos.

A cada estação uma cabeça, um coração
A cada descida uma perda um vazio, um vão
Logo preenchido por mais um louco, um normal
Um padre, um pedófilo, uma criança ou um boçal.

Um assassino, um racista, um pedreiro, um humanista
Um cantor, um vagabundo, um aleijado ou suicida
Prostitutas, santas, lésbicas, ninfomaníacas e feministas
Marxistas, capitalistas, anarquistas e masoquistas.

Todo dia meu amigo é a mesma coisa
O ônibus leva seus sonhos, medos e loucuras embora.
Um navio da esperança ou do desespero
Que te leva à vida, à morte, ao inferno, ao emprego.

Rodrigo Valle Barradas.

Nenhum comentário: