quarta-feira, fevereiro 04, 2009
Máscaras
O ódio é o ópio dos oprimidos
É o fel! E o que é o mel no final?
Vicia a alma, joga sal nas feridas
Pois faz-se o amargo e cospe-se o mal.
Todo santo tem um “quê” de demônio
E todo demônio, nem é tão mal assim afinal
Valores de vida trocados - no prato
Só resta a gordura da carne exposta e real.
Prefiro o bafo podre e o cheiro do ralo
Do que o perfume da mentira e o botox irreal
Guardados pela égide do poder do espetáculo
E consumidos como sexo num baile de carnaval.
Rodrigo Barradas
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